domingo, 24 de junho de 2012

MÚSICAS JUNINAS


CAPELINHA DE MELÃO
João de Barros e Adalberto Ribeiro
Capelinha de melão
é de São João.
É de cravo, é de rosa, é de manjericão.
São João está dormindo,
não me ouve não.
Acordai, acordai, acordai, João.
Atirei rosas pelo caminho.
A ventania veio e levou.
Tu me fizeste com seus espinhos uma coroa de flor.

 
PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago
Com a filha de João
Antônio ia se casar,
mas Pedro fugiu com a noiva
na hora de ir pro altar.
A fogueira está queimando,
o balão está subindo,
Antônio estava chorando
e Pedro estava fugindo.
E no fim dessa história,
ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio,
que caiu na bebedeira.

 
BALÃOZINHO
Venha cá, meu balãozinho.
Diga aonde você vai.
Vou subindo, vou pra longe, vou pra casa dos meus pais.
Ah, ah, ah, mas que bobagem.
Nunca vi balão ter pai.
Fique quieto neste canto, e daí você não sai.
Toda mata pega fogo.
Passarinhos vão morrer.
Se cair em nossas matas, o que pode acontecer.
Já estou arrependido.
Quanto mal faz um balão.
Ficarei bem quietinho, amarrado num cordão.

 
SONHO DE PAPEL
Carlos Braga e Alberto Ribeiro
O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João!
Acende a fogueira no meu coração.
Sonho de papel a girar na escuridão
soltei em seu louvor no sonho multicor.
Oh! Meu São João.
Meu balão azul foi subindo devagar
O vento que soprou meu sonho carregou.
Nem vai mais voltar.

 
PULA A FOGUEIRA
João B. Filho
Pula a fogueira Iaiá,
pula a fogueira Ioiô.
Cuidado para não se queimar.
Olha que a fogueira já queimou o meu amor.
Nesta noite de festança
todos caem na dança
alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troca na cidade e na roça
em louvor a São João.
Nesta noite de folguedo
todos brincam sem medo
a soltar seu pistolão.
Morena flor do sertão, quero saber se tu és
dona do meu coração.

 
CAI, CAI, BALÃO
Cai, cai, balão.
Cai, cai, balão.
Aqui na minha mão.
Não vou lá, não vou lá, não vou lá.
Tenho medo de apanhar.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O ENSINO DA MÚSICA EM SETE NOTAS


A lei que prevê o ensino de música nas aulas de Arte já está em vigor. Tarefa para especialistas? Nem sempre. Ouvidos atentos ao que você precisa saber para garantir a formação básica no assunto.


Música na escola já é uma realidade? Segundo a Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, que obriga o ensino desse conteúdo nas aulas de Arte, sim. Além de contribuir para a socialização das crianças e aproximá-las de manifestações da cultura, aprender música dá a chance de conhecer mais sobre a expressão por meio dos sons e desenvolver habilidades como o canto, a execução instrumental, a audição e a improvisação sonora. Mas você sabe como trabalhar isso nas séries iniciais mesmo não sendo um especialista na área? Para ajudar você a planejar suas aulas, respondemos a sete dúvidas sobre o tema.

O que não pode faltar no planejamento das aulas de música?
Atividades de audição (familiarização com diferentes ritmos e estilos), percepção (de variações de sons e de timbres dos instrumentos), movimento corporal (dança e gestual) e experimentação (de instrumentos, de canto etc.) devem fazer parte da rotina. Propiciar diferentes vivências para as crianças é muito importante para que elas compreendam a música como uma linguagem dotada de sentido e associada à cultura de cada época. Até o fim do 1º ano, é importante que todos aprendam as diferenças entre grave-agudo, forte-fraco e lento-rápido, conheçam alguns instrumentos, consigam marcar o pulso (a unidade de tempo que compõe o compasso, a "batida" da música) e saibam cantar melodias simples. A partir do 2º ano, quando os alunos já são capazes de ler com fluência, é possível trabalhar melodias um pouco mais complexas no canto.

 Devo ensinar notação musical para os alunos?
Não, pois não é um conteúdo fundamental para as séries iniciais. Antes de ensinar a escrita musical, os estudantes precisam saber por que precisam das notas. Uma ação possível é combinar com a turma uma escrita simplificada. Você pode, por exemplo, desenhar uma sequência de bolas e quadrados, em que as bolas pintadas indicam silêncios, as bolas sem preenchimento significam uma palma e os quadrados indicam duas batidas seguidas com os pés no chão.


Como escolher o repertório adequado?
Abra espaço para que as crianças tragam as músicas que conhecem e sirva como mediador para que elas entrem em contato com cantigas de roda, parlendas e canções do folclore. As aulas não devem ser pautadas exclusivamente com base em datas comemorativas ou em canções de comando, como "meu lanchinho...".


Não sou formado em Música. Posso cantar ou tocar?
Se souber, sim. Nos anos iniciais, a perfeição formal não é tão importante - vale mais ajudar a turma a identificar os conceitos básicos em uma música do que dedilhar um piano perfeitamente. Para quem não toca, uma alternativa é recorrer a CDs e a gravações em MP3 com o som dos instrumentos de verdade.


Quando inserir as atividades de música na rotina?
"Semanalmente, em duas aulas de, no mínimo, meia hora", diz Ana Elisa Medeiros, professora das escolas See-Saw e Aubrick, em São Paulo. Para Vivian Barbosa, da Alecrim Dourado Formação Musical, em Curitiba, a boa aula começa com a audição de uma música tranquila, seguida das atividades de percepção e das vivências de canto e percussão.


Posso aliar a música à dança ou ao desenho?
Propor sequências de movimentos ou desenhos que representem os sons são boas pedidas, desde que até o fim do 2º ano as crianças dominem os conceitos de variação de altura e intensidade sonora, conheçam os timbres dos instrumentos e marquem o pulso nas melodias.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/ensino-musica-sete-notas-643043.shtml







sábado, 3 de março de 2012

CHAPÉU

O meu chapéu tem três pontas
Tem três pontas o meu chapéu
Se não tivesse três pontas
Não seria o meu chapéu.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

AGULHA



- Donde vem aquela menina
  de tão longe assim, assim?
- A procura de uma agulha
  que aqui perdi, perdi.

- Menina, volta, volta
  vai dizer a teu pai, teu pai,
  que agulha que se perde
  não se acha mais, jamais.
(Folclore de Fortaleza)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ESTÃO VOLTANDO AS FLORES

Vê, estão voltando as flores,
Vê, nesta manhã tão linda,
Vê, como é bonita a vida,
Vê, há esperança ainda.

Vê, as nuvens vão passando,
Vê, um novo céu se abrindo,
Vê, o sol iluminando,
Por onde nós vamos indo.
(Paulo Soledade)

DIA DO FOLCLORE

Tudo é folclore, Sinhô!
Tudo é folclore, Sinhá!
Desde o chimarrão dos pampas,
às comidas do Pará.

O quindim, a paçoca, o acarajé;
a macaxeira, o cuscus, o vatapá;
doce-de-coco, goiabada e até
pé-de-moleque e tucupi no tacacá.

Tudo é folclore, Sinhô!
Tudo é folclore, Sinhá!
Desde o batuque das selvas,
ao bumba-meu-boi-bumbá.

Rode a ciranda, dance o samba e o baião;
pule no frevo, bata o pé: cateretê;
todas as danças que alegram esta nação,
entre na roda, quero dançar com você.

Tudo é folclore, Sinhô!
Tudo é folclore, Sinhá!
Desde o mito da Uiara,
às lendas do boi-tatá.

O caipora, o negrinho do pastoreio;
o lobisomem, o tajá, o bicho-papão;
até o saci-pererê, que é muito feio:
melhor fugir do que ficar na escuridão!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

LAGUSTA LAGUÊ

Ema, Ema, Lagusta, Laguê
Lagusta papa, Lagusta Laguê
Lagusta nhenhe, Lagusta Laguê
Lagusta Gogo, Lagusta Laguê.

Passeando no Ribeirão
Fui ver de perto o boi-de-mamão
Mas lá encontrei você
Brincando, brincando de Laguê.

Ema, Ema, Lagusta, Laguê...

Caminhando na barra da Lagoa
Fui ver a pesca da tainha boa

Mas lá encontrei você
Brincando, brincando de Laguê.


Ema, Ema, Lagusta, Laguê...

Na ponta do Sambaqui
Fui pra pescar muito siri

Mas lá encontrei você
Brincando, brincando de Laguê.

Ema, Ema, Lagusta, Laguê...

Depois de tanto girar
Senti como é gostoso brincar
E me encontrar com você
Pra brincar , pra brincar de Laguê.


Ema, Ema, Lagusta, Laguê...
(canção popular que lembra um pouco da cultura açoriana)